Pages

17 de mai. de 2010

Devaneios

Vejo fantasmas manipulados
uma sombra grande ofuscando
um arrepio de tristeza
um olhar deslumbrado
mostrava-se pureza
aos olhos enganados
um dia houve a inocência
corrompida, lápidada
transformada em marcas
nada se via coerência
feridas por si fechadas
em um estado de urgência
onde nada á encontrava
me joguei ao lúcido
sufocava-me tal necessidade
olhos, pernas, labios
tudo se apagava em um abstrato constante
de sentidos renegados
emoção, raiva, desespero?
sabotagem nos pensamentos?
necessidade do alheio?
afundo-me em uma saborosa viagem
a necessidade, a raiva, o amor
pois tudo some na mesa de um bar qualquer
naquele copo
em forma de corpo
me afogo
me recordo
me levanto
no pensamento torço por algo que ainda não encontrei
algo diferente que quebre todos os paradigmas
algo que acenda o pior de mim
pois minha alma ja nao é mais a mesma
se tornou em algo insensivel
do qual me dominou
sem mesmo eu tentar lutar
quero algo
algo
que me entorpeça
que me encha de rimas
que me falte ar
quero a poesia
os alívios da alma
demonstro na folha do trevo
mas se não intendeis
nas poucas palavras te direi
pois somente aqueles pobres de espírito
sentirão meus desvaneios
conflitos e solidão
somente sentira aqueles rélis mortais
em busca da perfeição
onde procurarão?
em bares
tais perfis de desilusão
abris-tes os olhos
não a boca para os goles
aprenda a ousar
beber pelo o olhar
degustar até mesmo apreciar
pois se não quando menos esperar
lhe seivam sem dó
pois a tantos que se vão
por menos e virão pó
sem explicação
eles apenas se vão.


2 comentários:

  1. "sabotagem nos pensamentos?
    necessidade alheio?"

    P.s: Poetisas adormecidas despertar no decorrer do ventos solitários da madrugada.!

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir